A hérnia inguinal é a hérnia abdominal mais comum. É a abertura ou fraqueza do músculo da parede abdominal, permitindo a passagem de órgãos pelo defeito. Ela pode ser congênita ou pode ter sido adquirida com a idade. Fatores de risco incluem o cigarro e alterações de componentes do corpo da pessoa.
O diagnóstico da hérnia inguinal é feito através do exame físico no consultório. Nos casos em que há duvidas, alguns exames podem ser feitos: Ultrassom da região inguinal e Ressonância Nuclear Magnética de Pelve. Toda hérnia inguinal deve ser operada (hernioplastia quando se usa tela e herniorrafia quando a tela não é usada), o mais rápido possível após feito o diagnóstico. Isso se justifica pelo risco de complicações como o encarceramento e estrangulamento de alguma alça intestinal ao passar pela hérnia. Caso isso ocorra, uma cirurgia de emergência deve ser realizada para resolução do problema.
Antigamente a única forma de cirurgia era por corte (convencional). Nessa técnica, é realizado um corte próximo à virilha do lado da hérnia e fecha-se o defeito no músculo, colocando uma tela recobrindo a abertura. A função da tela é causar uma reação inflamatória no local e levar à formação de um tecido novo e endurecido (fibrose).
A videolaparoscopia tornou-se um excelente método de reparo das hérnias inguinais, seguro e eficiente. Quando realizado por um cirurgião habilitado e treinado, os índices de recorrência são baixos. A recuperação da cirurgia por videlaparoscopia é bem menos dolorosa e o paciente retorna às suas atividades cotidianas mais rapidamente. São realizados um corte de 1cm dentro do umbigo para a câmera e dois cortes de 5mm, um de cada lado do umbigo para a passagem das pinças. Assim, o ganho estético que se tem é enorme e após a cicatrização os cortes ficam imperceptíveis. Nessa técnica também se utiliza a tela para fazer o reforço. O paciente tem alta um dia após a cirurgia.
A hérnia umbilical caracteriza-se por um abaulamento no umbigo, podendo ou não estar associada à dor. Assim como a hérnia inguinal, ela também pode ser congênita ou adquirida. Pessoas que por algum motivo apresentaram aumento do volume e pressão dentro da barriga estão mais propensas a desenvolver a hérnia umbilical.
Mulheres após a gestação e pacientes que engordam e tem aumento da barriga são exemplos clássicos disso. O diagnóstico é feito pelo cirurgião através do exame físico no consultório. A ultrassonografia pode ser realizada nos casos em que há dúvida.
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